terça-feira, 20 de abril de 2010

Manifesto do Teatro Subterrâneo

Uma nova expressão que impressiona, pressiona nossas angústias, vontades. O ser não é mais uma simples existência. Donos do destino da vida irreal, surreal, absurda... Criadores de nós mesmos. Eu me crio, recrio, retorço, exprimo, espremo até a última gota de suor mágico – criadora cair como um orvalho no jardim do meu palco. Desconstruo, destruo, componho e sou. O mais importante é ser, não o estar.

O universal sou eu, está em mim. Agora não está mais, sou volátil. Aversivo ser expressivo, um subversivo ativo, ainda na contramão do passado. O processo é um progresso. O Teatro era, vai ser. O Teatro É. Celebramos a Vida e o Ser. Ainda não somos, existimos e insistimos para sermos. Não mudaremos a vida, o mundo, o Teatro... O Teatro que É, mostra como o mundo funciona, como você quer que ele funcione? Você que deve ser. O que você É? O que É o que É? O caos da vida originando uma linguagem desordenadamente organizada. Terror que acalma a alma.

A nova forma sem formatos, a busca incessante de identidade. Estilo estilizado? Identidade etérea, heterogênea e contemporânea. O eu – você universal, plural e simples. Um escuro esclarecido, universo ainda não visitado. Somos alienígenas não alienados. O Teatro onde o proibido é proibir. Uma nova proposta que É. Simplesmente É. O Teatro É. O environment e a persona se modificam, e miscigenados vão se modificando. O ar do nosso Teatro não é condicionado. O Teatro avesso, averso ao estar da sua sala de “Star”. Esta É uma critica. Uma crítica desconstrutiva, Uma crítica que É. Eterna descoberta produzida pelo laboratório de pesquisa do Teatro que É. O ser. Reprodução assexuada da vida humana. Eis o Teatro que É!

João Bosco Amaral

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