Esta semana acontecem 3 apresentações da cia teatral Oops..!
Parte do projeto que comemora os 10 anos de sua fundação, os espetáculos são uma referência para mim.
É difícil ser totalmente imparcial, porque foi através do trabalho dessa cia que me vi em contato com o teatro.
E ainda não sei se esta arte terá, para mim, fundamento estritamente pessoal, definidos por gostos e tendências.
Também não consegui me deixar cativar por outros trabalhos desta mesma forma.
Recordei uma excessão.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Exercício de emoção
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
'Eugenio de Andrade'
OBrigada, Sr. Andrade.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
'Eugenio de Andrade'
OBrigada, Sr. Andrade.
sábado, 26 de junho de 2010
Encontro
É preciso que eu diga.
Não encontrei o teatro.
Ele me encontrou.
E a meus pecados capitais.
Para colher minhas lágrimas.
E todas as sensações humanas que eu puder sentir.
E cheguei até aqui.
Não encontrei o teatro.
Ele me encontrou.
E a meus pecados capitais.
Para colher minhas lágrimas.
E todas as sensações humanas que eu puder sentir.
E cheguei até aqui.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Estuda menina!
Estudei.
E descobri a vida interessante de Bertold Brecht.
Um dramaturgo que desejava que o teatro superasse tudo, e construisse o Homem.
E lutou com as armas que tinha para isso.
Escreveu!
Derruba-se então a quarta parede!
Fossemos infinitos
Tudo mudaria
Como somos finitos
Muito permanece.
'Bertold Brecht'
E descobri a vida interessante de Bertold Brecht.
Um dramaturgo que desejava que o teatro superasse tudo, e construisse o Homem.
E lutou com as armas que tinha para isso.
Escreveu!
Derruba-se então a quarta parede!
Fossemos infinitos
Tudo mudaria
Como somos finitos
Muito permanece.
'Bertold Brecht'
domingo, 20 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Eu queria
Que quer dizer afinal 'eu queria' ?
Há muito que escuto que não se deve usar esse tempo verbal.
Pelo menos quando o assunto são objetivos traçados.
Porque? Por acaso não existe virtude na espera?
Particularmente, gosto.
É um tempo tímido, contido, persistente, sincero.
E as coisas que eu queria, ainda quero.
Há muito que escuto que não se deve usar esse tempo verbal.
Pelo menos quando o assunto são objetivos traçados.
Porque? Por acaso não existe virtude na espera?
Particularmente, gosto.
É um tempo tímido, contido, persistente, sincero.
E as coisas que eu queria, ainda quero.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Oficinas de férias!
Já me inscrevi... que posso dizer?
Escolhi desta vez a de literatura dramática e expressão corporal.
Oops!.. Um delírio...
Escolhi desta vez a de literatura dramática e expressão corporal.
Oops!.. Um delírio...
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Overdose de Macário!
Vi essa montagem da Cia Oops!.. quatro vezes.
Em cada ocasião me surpreendi com um fato: a peça muda.
Não uma transformação esperada, depois de muitos ensaios desgastantes. Cada mudança tem um caráter experimental, diverso em si, que abraça o contexto fortemente.
Os momentos de improviso são encantadores.
E o autor ironiza a si mesmo torturando sua personagem.
A apresentação de hoje foi menos interessante, os atores pareciam dispersos. A platéia também.
Contudo é um momento de prazer ver esse trabalho corajoso, consagrado.
Um alimento para minha vontade de ser.
Em cada ocasião me surpreendi com um fato: a peça muda.
Não uma transformação esperada, depois de muitos ensaios desgastantes. Cada mudança tem um caráter experimental, diverso em si, que abraça o contexto fortemente.
Os momentos de improviso são encantadores.
E o autor ironiza a si mesmo torturando sua personagem.
A apresentação de hoje foi menos interessante, os atores pareciam dispersos. A platéia também.
Contudo é um momento de prazer ver esse trabalho corajoso, consagrado.
Um alimento para minha vontade de ser.
domingo, 6 de junho de 2010
Personificação
Se não fosses mar
serias continente desconhecido.
Se não fosses mar
serias pomar de maças douradas
Se não fosses mar
serias trilha para o paraíso imaginado.
Contudo és amor imaculado, molhado, calado.
Sem forma, sem nome.
És amor que define minha vida em um antes.
E o depois?
Atores também amam...
serias continente desconhecido.
Se não fosses mar
serias pomar de maças douradas
Se não fosses mar
serias trilha para o paraíso imaginado.
Contudo és amor imaculado, molhado, calado.
Sem forma, sem nome.
És amor que define minha vida em um antes.
E o depois?
Atores também amam...
sábado, 5 de junho de 2010
Vi assim
Paisagem de gente.
E cada um tem a sua.
A de Argemiro é vermelha, cadente, pesada.
Guido anteviu. E repartiu.
Aquilo que está no dentro-fora.
O humano buscado no exterior visível e sentido.
O palco, sagrado e leal.
A moldura.
E cada um tem a sua.
A de Argemiro é vermelha, cadente, pesada.
Guido anteviu. E repartiu.
Aquilo que está no dentro-fora.
O humano buscado no exterior visível e sentido.
O palco, sagrado e leal.
A moldura.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Laboratorio
Amanhã verei Guido Campos no palco.
Oportunidade simplesmente rara para assimilar.
Arrebatadora maneira de.
Meus saltimbancos irão!
Privilégio e mérito, por crescer.
Oportunidade simplesmente rara para assimilar.
Arrebatadora maneira de.
Meus saltimbancos irão!
Privilégio e mérito, por crescer.
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