"Há um grande cansaço de explicar o mar.
Seu ritmo de silêncio profundo, sua toada exausta, de ir e vir. Saber-se imponente.
Solto e sempre.
Explicar e ser mar geram exaustão.
E apesar dela a busca é infinda.
Busca e devaneio. Navegar nas ondas das imagens que se debruçam, generosamente.
Nos meus sonhos ele é mais forte do que o real.
Quando vou à praia não é ele que vejo.
Chamo-o de oceano de trás. Ele que mora em mim.
Nas costas.
Como que formando asas.
Ele que me lembra do que sou."
Marina Wisnik, In: Mar, Mistério, Cansaço e Sonho.
terça-feira, 19 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
sábado, 2 de março de 2013
De olhos bem fechados
Me preparo para um semestre imerso de promessas.
Perto de Beckett e Verusca Caroun.
Após quase 3 anos, me sinto menos sabedora de meu óficio.
Meu coração está inchado.
Comporta mais dores.
Vivo.
Pulsante.
Contudo, vejo menos, ando menos, falo menos.
É como pisar em seus próprios olhos, no meio do caminho...
Perto de Beckett e Verusca Caroun.
Após quase 3 anos, me sinto menos sabedora de meu óficio.
Meu coração está inchado.
Comporta mais dores.
Vivo.
Pulsante.
Contudo, vejo menos, ando menos, falo menos.
É como pisar em seus próprios olhos, no meio do caminho...
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