"Há um grande cansaço de explicar o mar.
Seu ritmo de silêncio profundo, sua toada exausta, de ir e vir. Saber-se imponente.
Solto e sempre.
Explicar e ser mar geram exaustão.
E apesar dela a busca é infinda.
Busca e devaneio. Navegar nas ondas das imagens que se debruçam, generosamente.
Nos meus sonhos ele é mais forte do que o real.
Quando vou à praia não é ele que vejo.
Chamo-o de oceano de trás. Ele que mora em mim.
Nas costas.
Como que formando asas.
Ele que me lembra do que sou."
Marina Wisnik, In: Mar, Mistério, Cansaço e Sonho.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário